Queijo de cabra curado e Alfrocheiro – ligações
Hoje, antes do almoço, decidi fazer uma prova do queijo Quinta da Rigueira (cabra curado), classificado como um dos melhores queijos de 2019, com um vinho que achei que seria bom, porventura ideal para o acompanhar e que muito me agrada, Qta. dos Carvalhais – Alfrocheiro de 2015, um varietal cuja casta me encanta.
O queijo tem uma cura mínima de 28 dias e é de pasta semi-dura. Cor amarelo-claro, tonalidade pálida, denotando o período de cura, que não é longo.
Sendo eu um apreciador de queijos acompanhados sobretudo de vinhos brancos, tenho consciência de que este tipo de queijos mais intensos aceitam bem um tinto. Mas não um qualquer tinto, pois claro.
Faço notar que este queijo, contrariamente ao equivalente Premium, de pasta dura e de cura mais prolongada já aqui comentado, tem uma intensidade menor, o que me fez hesitar na escolha do tinto. Nunca o combinaria com um tinto possante.
Este queijo, devido a ter uma intensidade média-baixa, pode ser consumido diariamente, tem um equilíbrio perfeito ligeiramente acídulo, com textura suave, pouco pronunciada. Apesar de eu ser um amante de sabores fortes, gostei muito deste queijo.
Vamos então ao Alfrocheiro. Este vinho está macio, é muito delicado e nota-se no nariz a fruta vermelha bem pronunciada, conseguindo-se por vezes ir buscar notas de fruta preta. Já na boca se percebe que tem alguma complexidade, um final longo, onde se notam além da mencionada fruta algumas especiarias, leves, e um travo balsâmico, que ajuda na combinação com o queijo.
No geral gostei da combinação, e em particular do queijo cuja descoberta me encantou.